terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fracasso....

Bem, acho que mesmo apesar deste nao ser um blog acessado por ninguém,  escrever ainda pode me  ajudar a organizar minhas idéias.  

O Título des post resume  de certa forma forma como foram os ultimos 6 meses da minha vida. O fracasso não foi completo mas aconteceu e, mesmo algumas coisas boas tendo ocorrido,  no geral as coisas ainda estão longe de ficarem boas.

Nem lembro sobre o que era o ultimo post,  mas lembro que enquanto vinha postando eu estava muito bem, tinha perdido um bocado razoável de peso, estava feliz por ter saido de casa e estava também apaixonado.

Vamos então ao que mudou,  todo o peso que perdi acabei recuperando, não sei  ao certo, mas até medo de conferir eu tive, só sei que nao me sinto mais tão bem quanto me sentia antes e não estou mais com a mesma empolgaçao de antes.  Ainda estou convencido de que ter saido de casa foi a melhor opcao e acredito que eu esteja mais feliz do que quando estava la,  e vejo que meus filhos percebem isso,  ficando mais felizes tb.  Tive uma grande decepcao com relacao a separacao,   mesmo as coisas estando muito ruins, eu não imaginava que , como acabei constatando,  a ex-mulher vinha cogitando a separacao e tentando descobrir que bens tenho desde de 2006,  ou seja, desde de quando "estavamos bem".   Através de uma atitude um ouco desleal da minha parte, de ter descoberto a senha do e-mail dela,   vi que ela vem entrando nos meus e-mails desde o final de 2005 e enviando minhas msg para ficarem guardadas no e-mail,  dela. Eram desde e-mails profissionais que falavam sobre mu trabalho na epoca até as conversas mais pessoais que tive, além de todos os registros da partilha do bens do meu pai de quando ele faleceu.

Hmmmm.. talvez eu não devesse me sentir tão mal  mas senti como se nos 7 anos de casamento nao tivesse havido um segundo se quer de honestidade,  com me fez sentir como um perfeito idiota.  Isso tudo untou com a meu dramalhão da paixão que fui caçar..rs..

Acho que nao contei até hoje no blog como essa historia começou:


Bem,  a minha paixao nao mora na minha cidade,  a conheci pela internet e foi uma dessas coisas rapidas sem explicacao em que os dois passaram a dizer mto rapido como se sentiam.  Logo ela ofereceu de vir me ver, mas essa vinda ainda demoraria cerca de um mes e meio,   eu entao na ansia de ve-la   fui  correndo, pensei em ir num dia, passar o dia com ela no eroporto e voltar no mesmo dia a noite, só que conversando come la, explicando meus planos pareceu que ela estava achando que nao seria tempo suficiente. Entao, eu fiz uma loucura,  me preparei pra ficar 4 dias na cidade dela,  imaginando que seriam quatro dias magicos, grudado com ela.

 Foi ai que quebrei a cara pela primeira vez:  o primeiro dia foi otimo, ficamos acho que umas 6 horas junto,  conversamos bastante,  fomos ao cinema, ficamos abraçados,  beijamos , poxa, foi uma tarde excelente,  ela até hj diz que foi um dos melhores dias da vida dela,   da minha, com certeza foi.....

Mas bem,  foi chegando anoite e ela teve que ir embora pra faculdade.  Nos despedimos, mas nem deu pra ficar triste, pois tinha certeza que a veria no dia seguinte e que seria tudo bom daquele jeito, senao melhor.

Pronto aqui  que tomei no....ces sabem......   Naquele dia a noite ela sumiu,  foi pra facul  voltou e nada deu falar com ela,  nao preocupei, afinal ela estava ocupada...no dia seguinte,  tento entrar em contaoto com ela, sem sucesso,  so vo falar com ela no meio da tarde,  ela diz estar doente, vomitando mto pergunto se iriamos nos ver,  nao lembro exatamente, mas lembro dela ter desconversado, e deixa  as coisas meio q no ar.

Até que de noite falo com ela via msn, e ela vem me dizer que estava arrependida de ter me beijado,  pois eu ainda nao estava separado de fato e que tinha chance de voltar para eposa e tal....e ai, claro,   disparei a sofrer,  passei mais dois dias trancado no quarto do hotel pensando na rejeicao que acabara de sofrer, chorando acho que como nunca havia chorado na minha vida,, me sentindo o coco do cavalo do bandido..rs... tentei falar com ela mais algumas vezes, ela ate chegou a combinar de me encontrar num dos dias a noite mas claro,  nao aconteceu.

Eu continuei insistindo, ate a hora que fui ao aeroporto para pegar o voo de volta. liguei pra ela e perguntei mais uma vez se poderiamos nos ver, ela disse que sim, que passaria no aeroporto pra me ver e desligou o telefone,   horas depois me liga dizendo que queria ir nma feira e queria que eu fosse junto com ela e com a irma dela,  eu disse que nao podia  pois ja estava eprto da hora do meu voo, e que nao queria encontrar com ela e com a irma, pois tinhamos coisas ra resolver, e nao gostaria de ter que dividir com mais ngm naquela hora.  Ai ela vem me dizendo que seu nao queria ela de verdade na minha vida, pq nao queria conhecer a irma e ba bla bla,   acabou que nao nos encontramos,  discutimos ate pelo tel  e fui embora achando q nao tinhamos mais chance de nada...

Bem,   dai pra frente as coisas mudaram,  ela disse que se arrependeu de nao ter me visto nso outros dias, pediu perdao,  e disse que no dia X viria me ver, e q nao via a hora de me encontrar denovo....eu claro, fiquei super feliz, criei expectavia,  fiz milhoes de planos,   o dia foi chegando, e ela adiaou a vinda em uma semna, usando o argumento de que poderia ficar mais dias se viesse na semana seguinte, eu claro que fiquie um pouco frustrado mas aceitei e continuei animado,  estao a dta foi cehgando, chegando sem ela tocar no assunto de vir


Ah, o post ja perdeu todo o sentido rs.....


Mas  no final  a situacao com a ex-mulher nao so de agora mas como de todo o csamento, unto com esse meu amornao correspondido,  pelo menso nao com acores, so com palavras,  ehq ue me fizeram abandor todo e qualquer plano que eu tinha de ficar melhor, de me valorizar......

quarta-feira, 11 de maio de 2011

15:50

Defini que agora está na hora de escrever alguma coisa, mesmo sem ter a menor ideia do que.

Talvez relfetir um pouco sobre meus planos. Que tal? eu pergunto.  Uma boa! eu respondo.

Amanhã faz uma semana da minha vida nova que, poxa,  nem no hopi hari as montanhas russas tem tants altos e baixos, eu aposto.  Mas nos ultimos dias os altos têm superado os os baixos.  Os meninos parecem que estão superando bem tudo, devem estar até curtindo a ausência do pai mandão de sempre,  mas acho isso que isso é só até a saudade apertar.

Já eu, confesso que vou indo muito bem também,  acho que tive alguns momentos mais pra baixo, ainda por sentir muita falta dos meninos,  de ver meus dias passarem sem eles, mas estou me acostumando com a idéia, e vejo que tem seus lados bons também

O que incomoda um pouco ainda é o fato de boa parte dos meus dias ser sozinho dentro de casa, nem meu trabalho ajuda, pois eh todo feito no computador, recebido e enviado pela internet. E nas minhas pausas, resta muito pouco para eu fazer, fora procurar um pontinho vermelho no meu msn, que ainda me confunde, porque resolveu ficar verde,  as opções são poucas.  Tv, Comer, ou ficar lendo bobajada na net.

Mas vamos aos planos...

Primeiro a coisa que eu mais gostaria de fazer  (vou ficar devendo, pq por mais que eu queira gritar isso em alto e bom som, não depende só de mim)

Depois, pretendo dar um mudada no que ando fazendo pra me sustentar, procurar algo fora de casa, onde possa ver gente, voltar a frequentar casas de amigos, etc.

Dei sorte que logo agora pintou a proposta de um amigo  para fazer parte de um negocio, ajuda-lo a administrar sua empresinha.  Acho que já esta valendo. Vai que da certo.! Preciso mesmo dar uma mudada de ares.

Ah, outro plano muito importante, começar a procurar um lugar pra mim,  sei que isso depende muito do divorcio, pois tenho que ver com qto vou conseguir escapar dele..rs...  Mas já tive noticias bem animadoras quanto a isso, não me lembrava dessa lei do divorcio rápido, agora  com ela a separaçao sai enquanto vc faz um lanche no mcdonald's, ou melhor, toma um mate shake e come  um copao de pao de queijo, e se a companhia for boa,  passa mais rapido ainda.

Até olhar alguns lugares eu ja olhei, mas ainda sem muita ideia de qto vou poder gastar...

E no mais é isso,  tem aquela coisa especial que quero muito, mas ainda depende de algumas coisas....







I w a l y

domingo, 8 de maio de 2011

KKKKKKK

Eu agora sigo meu próprio blog,  me faz lembrar de um cachorro correndo atrás do próprio rabo...kkk

O Recomeço.

É, até eu to ficando triste de ler esse meu blog.

Que tal começar uma parte mais feliz de história?


Em agosto de 2010, depois de passar uma noite bem ruim,  com problemas em casa, resolvi mudar minha vida.  Custei muito, mas percebi que as coisas tinham saído do controle. Foi ai que por acaso vi uma reportagem dizendo que conversar produz serotonina, o famoso hormônio da felicidade.

Só que percebi um pequeno problema, nos últimos tempos eu havia afastado de mim praticamente todos os meus amigos, por uma serie de motivos que agora não vêm  ao caso e, por isso, conversar não parecia uma alternativa viável.

Até que, quase sem querer comecei a procurar grupos de apoio aqui em bh, ..grupo de apoio a obesos e, não, não são pessoas que seguram os gordos pra que não rolem na rua, mas pessoas que estão tendo problemas com a obesidade, sejam eles de saúde ou apenas de aceitação, enfim, nessa procura acabei enontrando um grupo no msn, o que, como eu ja vivia preso em casa mesmo, me pareceu muito coômodo, então entrei.

Bem, meio que sem jeito, comecei a frequentar o grupo Emagrecimento Saudável do msn,  po e  la conheci pessoas que me ajudaram muito, e pode parecer bobagem, mas se estou aqui hoje foi porque encontrei esse grupo.

Poxa, foram várias pessoas que me deram muita força,  mas devo boa parte do meu sucesso até agora, a uma pessoa em especial, ela inclusive quem me apelidou de ogrinho  (uma forma bem carinhosa de me chamar de feio..rs..) apelido que carreguei até bem pouco tempo atrás. Essa pessoa me fez ver que é possivel aprender a se amar a se cuidar, mesmo passando por situações difíceis.

Tenho certeza que ela sabe quem é...rs....

Mas então,  dessa época pra frente me tornei um novo eu  ( acabei de ser chamado de chewbacca, pode uma coisa dessas? )  tomei coragem de caçar uma terapia, e até mais, tomei coragem de assumir que estou fazendo terapia, pq até então, pra mim terapia era pra gente doida..rs....e se ainda for...num espalha não..rs..pq eu faço.

Comecei uma reeducação alimentar,  instigado pelo pessoal do grupo, que também tem uma comu no orkut.  Pô ainda cotinuo circunferencialmete avantajado em relação à maior parte da população, mas já perdi bastante e po, estou bem tranquilo com relação a isso, quero perder mais im,  bastante  inclusive, mas não me escondo mais de ngm por conta disso.

Jesus, cada posts grande, ............

Olha   pessoa,  eu to feliz...rs.....

sábado, 7 de maio de 2011

Hmmmm Fora de Casa.

Sei que não contei nada do meu casamento aqui, mas fora a parte da papelada a ser resolvida, ele não existe mais.

Sai de casa Quinta Feira,  depois de cerca de dois anos de desentendimentos e de indiferença, de  "ambas as duas" partes....rs.....

A unica coisa que está um pouco dificil até agora e aceitar o fato de ser um pai desempregado, sem filho pra cuidar, pq passei de um contato quase que de  dia inteiro com os meninos para contato praticamente nenhum, até trabalhar em casa eu trabalhava por conta deles.

Na quinta, dei a noticia na hora do almoço para os meninos, os gêmoes, que têm 4 anos, nem ligaram mas o mais velho, que ja esta com 7, não aceitou muito bem.  Passei a tarde toda com eles, para aproveitar mais um pouco e também para explicar bem o motivo deu estar saindo de casa.

O mais velho dizia coisas como :  "Pai, você não esta entendendo, você é uma pessoa especial pra mim." e  "Eu vou sentir saudades do tapas quando eu fizer coisa errada" e repetia isso o tempo todo,  de cortar o coração, pior era quando ao invés de ficar triste, também demonstrava a raiva que ele esta de mim dizendo:  "Você nao precisa sair de casa, você QUER sair de casa".

Bem fiz o que pude, repetindo que essa mudança iria acabar sendo pra melhor, que eu e a mãe deles ficaremos mais felizes dessa forma, e que com isso, eles também. Tentei deixar o mais claro possivel que não estaa deixando de ser pai deles so marido da mãe deles,  acho que ainda nao entenderam direito, mas sei la.

Hoje fui pela primeira vez vê-los e levar três presentes para darem para a mãe amanhã, dia das mães. A primeira coisa ruim é ter que escolher algo para alguem  com quem vc nao quer nem ter que lembrar a respeito,  mas me preocupo com a culpa que meu filhos sentiriam se nao dessem nada para a mãe de presente. Depois, chegando lá o famoso mal entre de casais separados,  a mães do meninos reinvindicando coisas as quais nao tem direito, se vitimizando. E o pior de tudo, ter que deixa-los de novo, e contar a mesma estoria, de que vai ser bom pra eles, basta terem paciencia, que jaja vou er um lugar pra mim, e que eles vao poder ir sempre que quiserem ou, conforme for, até morar comigo.

Em resumo, hoje estou muito mal sim, mas tranquilo pela decisão que tomei, inclusive hoje, depois de varios anos, me lembrei de um sonho que tive noite passada............

terça-feira, 3 de maio de 2011

A Child was Born but, What's The Point? - III - Uma hora tem que acabar...

Bem, vou dar um pulo nessa historia toda.

O tal papo da adoçao, de dois posts e algumas horas atrás ,só começou a me incomodar  quando meu primeiro filho nasceu, que foi quando comecei a pensar me minhas origens, e como seria minha família biológica, no que se pareceria com eles, ou no que eu pareceria com eles.

Era sim um pequeno incomodo, mas nada que atrapalhasse demais minha vida. tudo começou mesmo a afetar minha vida,  em meados de 2006 quando os gêmeos ja haviam nascido.  Num sabado, quando eu voltava com os tres meninos de uma praça, de repente uma senhor em aborada e pergunta : Você e o Felipe  ( rs, prazer alias)?  E assim que eu respondo que sim ela me diz: Ah tá, é porque seu irmão morreu mesmo.

Eu obviamente fiquei chocado!

Pensei na hora que algo havia acontecido com meu irmão adotivo, comecei a tremer, até que quando ela percebeu a c*g*da que tinha feito e resolveu me explicou.  Disse que seu nome era Dirce, e que ela havia ajudado na minha "adoção",  que foi procurada por minha mãe biológica pois ela havia engravidado e não poderia ficar com o bebe (moi). Contou que minha mãe seria a mais nova de vários filhos  me contou um pouco de sua historia, que por ser a irmã mais nova e por ses pais serem ja mais velhos e doentes, ela precisava esconder a gravidez

Foi apartir dai que tudo desandou......



Cansei.


Novidades:   Descobri onde a fulaninha que me pariu se internou, nao foi numa maternidade, e foi como se estivesse com pedra nos rins.

Vou procurar, se descobrir......aff  grandes b***as!

A Child Was or but, What's the Point? Parte II - hmmm A Ressurreição?

Continuando....


Onde estava?  Sim, algo relacionado a ter fugido , ou me escondido  praticando artes marciais.

Comecei cedo, aos oito anos de idade. Falando como quem hoje tem 31 anos e algum entendimento do que se passou na primeira decada de minha vida,  percebo que escolhi o judo, um esporte individual exatamente por  saber que meu fracasso (o que pra mim sempre foi certo, pois sempre tinha em minha cabeça não ter capacidade de realizar nada) afetaria apenas a mim, nunca a nenhum amigo ou familiar.

Mas apesar de considerar um refugio, reconheço que os ensinamentos, principalmente na epoca em pratiquei judo( 8 a 12 anos), me deram um base muito forte,  talvez ate mais solida qualquer uma passada por meus pais. Além de ter começado a construir uma autoconfiança, pois era algo que fazia muito bem.


 Aos 13 anos, quando tive que deixar o judo, por ter atingido o limite de idade da turma, passei por umas serie de academias, como de full contact, karate, capoeira, etc.  até me acertar novamente,  mas dessa vez com o tae kwon do., onde ai sim puder começar a construir uma familia fora de casa, com amigos, irmãos e irmãs que me receberam de braços abertos, e viveram comigo alguns dos melhores momentos da minha vida. Mais uma vez me dei muito bem, o que elevou a minha confiança em mim mesmo, com
semanas de aula, ainda na faixa branca, participei do meu primeiro campeonato, e sai vencedor.

Foram quatro anos excelentes, treinando aprendendo e ensinando tae kwon do ate que aos 17 tive que pela primeira vez abandonar, ja que minha familia teve que se mudar de Brasilia , onde cresci, para BH, onde moro até hoje.

A Child was Born but, What's The Point?

Bem , a criança a qual se refere o titulo deste post, sou eu.

Eu nasci provavelmente nos primeiros dias de 1980, digo isso pois fui "adotado˜ e até hoje as informações de como e quando isso aconteceu não são bem claras.

Tudo o que sei é que não fui desejado por minha mãe biológica e por ela fui entregue a uma senhora que procurava mães que geralmente não podiam ter filhos, para entregar crianças que como eu não eram aceitos ou desejados por suas mães bilogicas. Não posso afirmar com certeza, mas parece que todas as crianças recebidas eram entregues a mães da zona sul de Belo Horizonte, pessoas com condições de criar filhos sem dificuldades.

O fato de ser adotivo nunca foi segredo em minha família, lembro até hoje do dia em que recebi a noticia, o que pode pode parecer incomum, mas  ao invés de me fazer sentir mal, me deixou com orgulho de minha mãe adotiva.

Durante a toda minha infância, adolescência e boa parte da minha vida adulta, não tinha consciencia do mal que sofri por isso, não pelo rótulo de ser adotado em si, mas por uma serie de coisas que me aconteceram  por causa dessa adoção.

A primeira coisa que me marcou e de forma muito negativa, foi a superproteção com a qual eu convivi. Pode parecer ingratidão mas o excesso de carinho e cuidado comigo, dado por meus pais adotivos fez com que eu perdesse uma serie de experiencias e aprendizados que fizeram e até hoje fazem muita falta em minha vida. Hoje olho pra trás, e percebo que todo esse cuidado era uma forma de fazerem eu me sentir mais da familia, exatamente pelo medo de que um filho adotivo, possa se sentir mal amado por nao ter sido gerado por  sua mãe.

Ai vai um exemplo de como essa superproteção me afetou:

Feira de ciencias da  terceira série,  nem sei oque estavamos aprendendo na epoca, mas lembro de meu projeto, foi disparado o melhor da turma, creio até que um dos melhoes da escola. Não! Nào que eu seja algum tipo de gênio,  alias eu não tive nenhuma responsabilidade nem na escolha nem na execução do projeto.

Na preocupação de que eu pudesse me frustrar, ficar triste ou, sei la, me revoltar se passase a vergonha de fazer um projeto ruim, minha mãe tomou conta de tudo, criou um decantador de agua  dos mais sofisticados.

Agora vocês se perguntam, como isso pode ter me afetado? É! Até pouco tempo atrás acho que nem eu saberia responder a essa pergunta, mas hoje em dia vejo que, como minha mãe fez com esse projeto, ela fez com praticamente tudo que eu tinha que fazer em minha vida, o que me deixou um pouco(muito) sem saber como fazer as coisas por conta própria.

 Outra coisa que me marcou, e que acabou se unindo com à primeira, foi o fato deu ter um irmao mais velho, também adotivo, mas que nunca aceitou sua situação, talvez por se parecer ainda menos que eu com nossos pais adotivos, por ser negro em uma familia de descendentes portugueses e ingleses, dos tipos mais caucasianos ja vistos.

Isso fez com que ele, ao se sentir rejeitado e/ou descriminado pela familia, me escolhesse para descarregar toda sua frustracao, ou, talvez, como eh comum em pessoas de todas as idades ele precisasse fazer alguem se sentir mais mal  que ele para se sentir bem.

Lembro de te nao poder aproveitar o tempo com meus amigos, que moravam perto de mim, pois, sempre que me via feliz, meu irmão fazia questão de acabar com tudo, seja me agredindo fisicamente, ou me insultando, num esforço enorme de me humilhar na frente de meus amigos. Olhando mais uma vez pra tras, percebo que isso era ridiculo, pois meus amigos me conheciam e sabiam quem e como eu era moleque, me sentia envergonhado facilmente.

Bem, essas duas ˜forças"juntas me fizeram, por muito tempo me sentir incapaz de realizar muitas coisas e com medo ou vergonha de me relacionar com pessoas, o que acabou me levando ao maior ponto positivo da minha infancia,  eu ter "fugido" para o mundo das artes marciais, unico lugar em que nao dependia de ninguem para me sair bem e algo no qual era muito bem sucedido.

Hmm.... relaxando os dedos,  volto no proximo post.....rs...